quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A DONA CONCEIÇÃO E A VIDA ETERNA



Neste último final de semana a Dona Conceição,conhecida desta forma por parentes, vizinhos e amigos, depois de permanecer internada por 40 dias, para a tristeza de todos que a conheciam, acabou não resistindo e veio a falecer.

Esta querida tornou-se inesquecível para muitas pessoas, e particularmente para mim também.

No início dos anos 60, quando com quatro anos de idade me mudei com meus pais para a casa onde resido até hoje, nos tornamos vizinhos desta senhora e de sua família. Os anos se passaram, nasceram e morreram pessoas queridas de ambas as famílias e nossa convivência nos tornou mais chegados até do que parentes. Aqui cabe uma ressalva! Este privilégio de tê-la e aos seus familiares como que considerados parentes, não era uma exclusividade da minha família, mas de muitos. Indistintamente todos, filhos, netos, parentes, vizinhos de perto e amigos de longe, todos que de alguma forma conviverem com a Dona Conceição, desenvolveram uma forte amizade com ela, provavelmente cativados pela gentileza  e amor que ela devotava a todos que cruzavam o seu caminho. 

O fato é que todos os que conviveram com ela irão concordar que ela era a tradução viva da palavra bondade. Nos 53 anos de convivência que tivemos, antes dela contrair a enfermidade que culminou com sua morte, nunca vi a Dona Conceição se queixar de qualquer coisa que seja. Quando nos a visitávamos ela era sempre solícita  em nos servir algo para comer ou para beber, e assim fazia com todos que iam a sua casa, independente de credo ou posição social. Ela também visitava a todos que contraiam alguma enfermidade ou estavam em convalescência, ajudando-os no que fosse necessário e também procurava levar-lhes palavras de conforto e ânimo. Ela estava sempre pronta a servir ao próximo.

Certa feita fui visitá-la e na oportunidade ela acolhera uma amiga que estava com algumas dificuldades. Esta amiga, senhora de elevada idade,  havia se convertido ha poucos anos ao evangelho e seguia a doutrina de uma denominação evangélica de confissão tradicional. Ao conversarmos os três sobre a Salvação bíblica, fiz-lhes a seguinte pergunta:

Imagine que você morreu e está diante do Criador, o qual lhes pergunta: Por que você merece a vida eterna? Por que Eu devo te deixar entrar na vida eterna?

A senhora evangélica pensativa disse:

"Bom, eu diria a Deus que Ele deveria me deixar entrar na vida eterna porque tenho me esforçado em ser uma boa cristã. Diria que eu tenho tentado obedecer-Lhe, por isto Ele deveria me deixar entrar na vida eterna!"

Virando-me para a Dona Conceição, perguntei-lhe:

E a senhora, o que diria?

Humildemente e com a voz mansa e amorosa ela disse que falaria assim:

"Ah Senhor, eu não mereço nada, pois sou muito falha! Mas acredito que o Senhor deva me deixar entrar na vida eterna porque Teu Filho Jesus Cristo morreu na cruz para pagar os meus pecados e Ele é o meu Salvador!"

Fiquei surpreso com as duas respostas, sendo que a primeira nitidamente acreditava ser merecedora da salvação por suas obras, fato que destoa totalmente da doutrina bíblica a respeito do assunto. A resposta da Dona Conceição demonstrava que ela conhecia e cria no sacrifício substitutivo de Cristo a seu favor!

Mesmo estando muito triste com a partida desta querida amiga, sinto-me bastante consolado, pois ela longe de confiar em seus próprios méritos, cria e confiava nos méritos do seu Salvador Jesus Cristo!

Lembrando que por obras ninguém pode ser salvo, quando você morrer e estiver diante do Criador, qual será o teu argumento para entrares na vida eterna?


Rubens Rodrigues

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

EU PRECISO DE SALVAÇÃO?



Apesar da palavra SALVAÇÃO ser mencionada 43 vezes e a palavra SALVO outras 32 vezes, ambas somente no Novo Testamento (Versão Revista e Atualizada da tradução de João Ferreira de Almeida), notamos que a simples menção destas palavras causa mal estar e desconforto em algumas pessoas. Notamos também que algumas pessoas ficam até indignadas quando alguém lhes diz que precisam ser salvas.

Por que isto ocorre?   

Acredito que por muitas razões,  e uma delas é que as pessoas, sobretudo as da nossa geração, tem um conceito muito elevado a respeito de si mesmas. As expressões "Não roubo", "não mato", "tenho muita fé", "sou caridoso", dentre outras semelhantes, são muito comuns em nossos dias. Desta forma a humanidade despreza o convite do Salvador que diz:

"O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho." Marcos 1:15.

Mas será que realmente existem pessoas boas e pessoas más como é o consenso popular? Você poderá dizer: "É lógico que existem pessoas boas, assim como é lógico que existem pessoas más"!

Vejamos entretanto o que as Escrituras dizem a este respeito:

"Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; são os seus pés velozes para derramar sangue, nos seus caminhos, há destruição e miséria; desconheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos."   Romanos 3:10-18.                                                                                            
Impressionante esta declaração não? "Nem um sequer!" Este é o veredito das Escrituras a respeito da humanidade. Em outras porções da Bíblia somos informados que o mundo jazz no maligno e que todos estão mortos em seus delitos e pecados!

Certa feita Jesus disse: "deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos."  Mateus 8:22

Ao examinarmos a Palavra de Deus somos informados que esta é a condição de todo o ser humano! Morto!

Se é assim, o que fazer?

As religiões e filosofias de vida propõem que se façam obras de caridade, obras sociais, que se pratiquem as mais variadas formas de rigor ascético, e uma infinidade de práticas,  mas eu te pergunto:

O que um morto pode fazer?

A resposta é simples não?  NADA!!!

Certa feita um dos principais religiosos de Israel foi ter com o Senhor à noite, pois temia ser visto com Ele por causa da sua elevada posição, e encontrando-O foi logo afirmando que o Senhor era Mestre enviado da parte de Deus, pois ninguém poderia fazer os milagres que o Senhor fazia se Deus não fosse com Ele. Aquele homem era um príncipe de sua religião e esta posição alcançara seguindo as rigorosas exigências morais e doutrinárias da Lei Judaica, todavia, mesmo sendo reconhecido como um príncipe, lhe faltava algo. Ele estava morto em seus delitos e pecados. O Senhor em resposta à sua indagação lhe disse:

"A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." João 3:3

(Quem pretender alegar que o Senhor ao proferir estas palavras está se referindo à reencarnação, afirmo que tal doutrina não encontra amparo algum em parte  alguma das Escrituras. Você não precisa acreditar em mim, mas te aconselho a verificar nElas o que estou afirmando!)

É necessário nascer de novo! Ter uma outra natureza! A palavra "de novo" na língua em que foi inspirada tem o significado de nascer de cima, nascer do alto.

Tal homem logo perguntou: "Como pode suceder isto?" João 3:9

Neste diálogo o Senhor ainda afirmou:

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna."  João 3:16

A vida eterna que o Senhor se refere aqui é diferente da palavra vida que aparece em outras porções das Escrituras, tais como vida biológica (bio) ou vida da alma (psique), a palavra grega que o Senhor utilizou nesta passagem foi zoe aionios, a qual é a vida de Deus. Vida que somente Ele possui!

Assim meu amigo e minha amiga, a única saída para nós que estamos mortos, ou alheios à vida de Deus, condição que herdamos de nossos antepassados, é crer nEle e seguir os passos dos primeiros cristãos:

"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus." João 1:12

Isto mesmo, é pela fé nEle que recebemos a natureza de Deus e somos salvos desta natureza mortal que humanamente possuímos!

Ah! O texto que afirma ser necessário "arrepender-se", mencionado no início desta postagem, significa na língua original, "mudar de mente!"

"Quem tem ouvidos para ouvir, ouça." Mateus 11:15

Rubens Rodrigues

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

POR QUE PODEMOS ACREDITAR NA BÍBLIA.

Sob autorização do reverendo Augustus Nicodemos Lopes, estamos postando abaixo  a excelente publicação do blog O Tempora! O Mores! Do dia 03 de Dezembro.

http://tempora-mores.blogspot.com.br/2013/12/por-que-podemos-acreditar-na-biblia.html

Por Que Podemos Acreditar na Bíblia?

Por que podemos acreditar na Bíblia?

Esta é a primeira exposição de uma série sobre Lucas (Lc 1.1-4). Resumo:

Podemos confiar que Lucas escreveu a verdade (Lucas 1.1-4):

1) Pela maneira como ele escreveu - uma "minuciosa investigação"
2) Pelas fontes que ele usou - "testemunhas oculares que foram ministros da Palavra"
3) Pela razão que o levou a escrever - não para ganhar dinheiro com Jesus mas para instruir os novos convertidos nas verdade.
4) Pela data em que ele escreveu - quando ainda tinha gente que era testemunha dos fatos e poderia desdizer ou confirmar tudo.
5) Leia e verifique por você mesmo, como Lee Strobel, o jornalista ateu que depois de 2 anos investigando se tornou cristão.



quinta-feira, 3 de outubro de 2013

                                                CARTA A UM SABATISTA

No início deste ano troquei correspondências com um prezado irmão (assim o considero), o qual procura observar "alguns" aspectos da Lei promulgada no Antigo Testamento, sobretudo procurando observar o descanso no dia de sábado. 
Achei por bem reproduzir uma destas cartas, esperando que o Senhor esclareça esta questão, a qual traz certa confusão e discórdia entre os irmãos. Apesar do texto ser longo, acredito que os amantes da verdade terão prazer em lê-lo.


Prezado irmão,
Como cremos que a Bíblia é a palavra de Deus, então nela e através dela é que temos que extrair a compreensão dos ensinos que Ela propõe. Sei que você entende desta forma e me regozijo nisto!
Vejamos inicialmente este texto:
2 Timóteo 2:15  "Procura  apresentar-te  a Deus  aprovado,  como obreiro que não tem de que se envergonhar que maneja bem  a palavra  da verdade."
Este manejar bem a palavra da verdade, como o apresentar-se a Deus como obreiro que não tem de que se envergonhar, faz parte da nossa responsabilidade pessoal. Isto cada um de nós precisa fazer.
A raiz da palavra traduzida como maneja, na língua original,  quer dizer cortar ou dividir. Muito bem, isto nos aponta para a necessidade de dividirmos corretamente as Escrituras, pois não sabendo fazê-lo, podemos incorrer em erros das mais variadas espécies.
Quando analisamos a doutrina da salvação no Novo Testamento, percebemos que a mesma é totalmente incondicional. "Não vem de vós... é dom de Deus!"
Ao analisarmos a lei apresentada no Velho Testamento, vemos que a mesma ao contrário é totalmente condicional! Como por exemplo o texto:
"Quem tropeçar em um só ponto da lei, torna-se culpado de todos!"
Tiago 2:10
Em Deuteronômio 28 lemos logo de início:
"Se atentamente  ouvires  a voz do SENHOR, teu Deus , tendo cuidado  de guardar  todos os seus mandamentos  que hoje  te ordeno , o SENHOR , teu Deus , te exaltará..."
Lemos desta maneira a forma totalmente condicional para recebimento das inúmeras bênçãos que decorriam da observância de TODOS os Seus mandamentos.
No mesmo capítulo, a partir do versículo 15, supondo que a condicional não fosse observada, vemos uma série de maldições. Veja o versículo 45:
"Todas estas maldições virão sobre ti, e te perseguirão, e te alcançarão, até que sejas destruído, porquanto não ouviste a voz do SENHOR, teu Deus, para guardares os mandamentos e os estatutos que te ordenou."
Veja estes outros versículos do mesmo capítulo, começando pelo 58:
"Se não tiveres cuidado de guardar todas as palavras desta lei, escritas neste livro, para temeres este nome glorioso e terrível  o SENHOR, teu Deus,  então, o SENHOR fará terríveis as tuas pragas e as pragas de tua descendência, grandes e duradouras pragas, e enfermidades graves e duradouras; fará voltar contra ti todas as moléstias do Egito, que temeste; e se apegarão a ti.  Também o SENHOR fará vir sobre ti toda enfermidade  e toda praga  que não estão escritas no livro desta Lei, até que sejas destruído"
Fica então a pergunta, alguém além de Jesus conseguiu cumprir a Lei?
O livro aos Romanos declara que não! Aliás, quem conseguiu amar a Deus de toda a sua força, de todo o seu entendimento, de todo o seu ser, continuadamente?
Relembrando Tiago, quando tropeçamos em um só ponto, tornamo-nos culpados de todos!
Desta forma prezado, vemos que na dispensação da graça, tudo isto é diferente.
Preocupados com as obras que precisariam cumprir os judeus inquiriram a Jesus:
"Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus?
Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado."
O Senhor também disse em outra passagem:
 Novo mandamento (grifo meu) vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.
Agora sem fugir ao texto que você mencionou, fica claro que Jesus veio cumprir a lei. Nesta parte vemos Jesus falando sobre a dispensação do Reino ou sobre a Lei do Reino dizendo:
"Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir.  Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.
Viu a mudança prezado? Na Lei do Sinai, Deuteronômio 28, a maldição e a morte eram o resultado para quem não observava toda a Lei e todos os estatutos!
Na Graça, o dom, o favor, é incondicional!
No Reino (que ainda será estabelecido) quem violar um destes mandamentos, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus. Que contraste com a Lei do Sinai que punia com maldição e morte, não?
Percebeu que existem variações conforme as dispensações vão se sucedendo?
Entretanto, creio que na dispensação da Graça, se adequadamente permanecermos na Videira Verdadeira, produziremos o fruto do Espírito e observaremos a Lei do Espírito e da Vida, a Lei do Sinai, e ainda, seremos capacitados a cumprir a Lei do Reino.
São três dispensações distintas e de Lei distintas.
Este evangelho que Paulo pregava gerava realmente um grande desconforto entre os judaizantes, a ponto dos mesmos dizerem que Paulo pregava: "Façamos males, para que venham bens?" Ele em reprimenda a estes maldizentes comentários afirmou:
 “A condenação destes é justa”
Sinceramente me preocupo contigo, talvez do mesmo modo que você se preocupa comigo, mas sem pretender ofendê-lo prezado, reitero que vocês estão interpretando a Bíblia pela ótica de uma mulher que promoveu graves desvios doutrinários (Ellen White), fazendo com que gentios convertidos a Cristo se esforcem por observar a Lei Mosaica.
Em parte alguma do Novo Testamento, sobretudo nas Epístolas que ensinam a dispensação da graça e nos ensinam a doutrina da Igreja,  vemos ensinos de observância de Sábados, Dízimos, construção de templos, circuncisão, instituição de corpo sacerdotal, de clerezia, paramentos sacerdotais, liturgias, ou outros ponto da Lei. Antes, como já mencionei em nossas conversas, segue o relato do concílio de Jerusalém:

Atos 15
 "Alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes segundo o costume de Moisés, não podeis ser salvos.
Tendo havido, da parte de Paulo e Barnabé, contenda e não pequena discussão com eles, resolveram que esses dois e alguns outros dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e presbíteros, com respeito a esta questão.
 Enviados, pois, e até certo ponto acompanhados pela igreja, atravessaram as províncias da Fenícia e Samaria e, narrando a conversão dos gentios, causaram grande alegria a todos os irmãos.
 Tendo eles chegado a Jerusalém, foram bem recebidos pela igreja, pelos apóstolos e pelos presbíteros e relataram tudo o que Deus fizera com eles.
 Insurgiram-se, entretanto, alguns da seita dos fariseus que haviam crido, dizendo: É necessário circuncidá-los e determinar-lhes que observem a lei de Moisés.
 Então, se reuniram os apóstolos e os presbíteros para examinar a questão.
 Havendo grande debate, Pedro tomou a palavra e lhes disse: Irmãos, vós sabeis que, desde há muito, Deus me escolheu dentre vós para que, por meu intermédio, ouvissem os gentios a palavra do evangelho e cressem.
 Ora, Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles, como também a nós nos concedera.
 E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração.
 Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre a cerviz dos discípulos um jugo que nem nossos pais puderam suportar, nem nós?
 Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram.
 E toda a multidão silenciou, passando a ouvir a Barnabé e a Paulo, que contavam quantos sinais e prodígios Deus fizera por meio deles entre os gentios.
Depois que eles terminaram, falou Tiago, dizendo: Irmãos, atentai nas minhas palavras:
expôs Simão como Deus, primeiramente, visitou os gentios, a fim de constituir dentre eles um povo para o seu nome.
 Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito:
Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei.
 Para que os demais homens busquem o Senhor, e também todos os gentios sobre os quais tem sido invocado o meu nome, diz o Senhor, que faz estas coisas conhecidas desde séculos.
Pelo que, julgo eu, não devemos perturbar aqueles que, dentre os gentios, se convertem a Deus, mas escrever-lhes que se abstenham das contaminações dos ídolos, bem como das relações sexuais ilícitas, da carne de animais sufocados e do sangue.
Porque Moisés tem, em cada cidade, desde tempos antigos, os que o pregam nas sinagogas, onde é lido todos os sábados.
Então, pareceu bem aos apóstolos e aos presbíteros, com toda a igreja, tendo elegido homens dentre eles, enviá-los, juntamente com Paulo e Barnabé, a Antioquia: foram Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens notáveis entre os irmãos, escrevendo, por mão deles: Os irmãos, tanto os apóstolos como os presbíteros, aos irmãos de entre os gentios em Antioquia, Síria e Cilícia, saudações.
Visto sabermos que alguns que saíram de entre nós, sem nenhuma autorização, vos têm perturbado com palavras, transtornando a vossa alma, pareceu-nos bem, chegados a pleno acordo, eleger alguns homens e enviá-los a vós outros com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que têm exposto a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Enviamos, portanto, Judas e Silas, os quais pessoalmente vos dirão também estas coisas. Pois pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além destas coisas essenciais:
 que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde.
Os que foram enviados desceram logo para Antioquia e, tendo reunido a comunidade, entregaram a epístola.
Quando a leram, sobremaneira se alegraram pelo conforto recebido."
Quem eram estes que se alegraram sobremaneira?
irmãos de entre os gentios
A estes nenhum encargo judaico lhes foi imposto. Nem sábados, nem circuncisão, nem dias, nem meses, nem anos, etc. Somente:
"que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes."

Portanto meu prezado, se atentares para o texto, sobretudo para aqueles que eu grifei, espero que eu, que você, ou mesmo que ninguém ouse perverter a verdade que o Espírito deixou revelada para a Igreja.

Finalizando prezado, segue alguns textos que tratam da questão de autoridade e ensino no que se refere  às irmãs:

1 Coríntios 14:35  Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja.
1 Timóteo 2:11  A mulher aprenda em silêncio, com toda a submissão.
1 Timóteo 2:12  E não permito que a mulher ensine, nem exerça autoridade de homem; esteja, porém, em silêncio.
1 Timóteo 2:14  E Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão.

1 Coríntios 14
33  porque Deus não é de confusão, e sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos,
34  conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina.
35  Se, porém, querem aprender alguma coisa, interroguem, em casa, a seu próprio marido; porque para a mulher é vergonhoso falar na igreja.
36  Porventura, a palavra de Deus se originou no meio de vós ou veio ela exclusivamente para vós outros?
37  Se alguém se considera profeta ou espiritual, reconheça ser mandamento do Senhor o que vos escrevo.
38  E, se alguém o ignorar, será ignorado.

Portanto prezado, considero-o bastante sincero, todavia mal orientado e pior, orientado por uma mulher cujos escritos são recebidos por vocês como tendo o mesmo valor das Escrituras. Entretanto, como creio que a obra que o Senhor está fazendo na sua vida é verdadeira, tenho esperança de que Ele abra os olhos do teu entendimento para conheceres plenamente a verdade.
Por seguir diversos desvios doutrinários, sofri tremendos prejuízos em minha vida, entretanto creio sinceramente que tanto de ti, como de mim e de outros amados,

o Senhor nos levará a salvo para o Seu reino de glória.

Rubens Rodrigues Filho

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A GUARDA E OBSERVÂNCIA DE DIAS COMEMORATIVOS



O texto abaixo foi escrito pelo caro Marcos Ré, tendo em vista as inquirições que lhe foram feitas por alguns irmãos, a respeito da guarda e observância de datas e dias comemorativos. Sob autorização do mesmo, achei por bem compartilhar com todo aquele que se interessar pelo assunto à luz das Sagradas Letras. As citações das Escrituras são sempre da Edição Revista e Atualizada.



Quanto a questão da guarda e celebrações de dias específicos, em primeiro lugar, os cristãos bíblicos não se ocupam com sombras e sim com realidades.
Ouça, por exemplo Colossenses 2:16-17 Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo..


A sombra de algo é sempre a projeção de um objeto real, nunca a realidade do mesmo.

Espiritualmente se falando e por uma questão de lógica: Quem está na sombra não pode estar ao mesmo tempo na realidade daquilo que a sombra é uma projeção. 
Por outro lado, quem está na realidade não pode estar ao mesmo tempo na sombra. 



Ouça ainda, Gálatas 4:4-11 ...vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.
E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!
De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus.
Outrora, porém, não conhecendo a Deus, servíeis a deuses que, por natureza, não o são; mas agora que conheceis a Deus ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como estais voltando, outra vez, aos rudimentos fracos e pobres, aos quais, de novo, quereis ainda escravizar-vos?
Guardais dias, e meses, e tempos, e anos.
Receio de vós tenha eu trabalhado em vão para convosco.



Observe que as advertências dirigidas aos que se ocupam com sombras (datas comemorativas mesmo aquelas provindas da lei) são bem mais sérias e graves aqui em Gálatas, do que as que encontramos na carta aos Colossenses.



Bem, quanto ao domingo, cristãos bíblicos, daqueles que perseveram na doutrina dos apóstolos, desde o período dos próprios apóstolos, reuniam-se aos domingos em casa de algum irmão ou em algum lugar que pudesse conter o grupo para partirem o pão, orarem, expor a Palavra de Deus e estar em comunhão uns com os outros prestarem auxilio mutuo e etc.



Por que aos domingos?

Simplesmente, porque foi o dia especificamente da semana que o Senhor Jesus ressuscitou.
Ora, somos o povo da ressurreição!
Fomos ressuscitados juntamente com Cristo conforme as Escrituras, conforme os ensinos da graça.
Celebramos o domingo então?
Não celebramos dia nenhum, não precisamos guardar qualquer dia, qualquer mês, qualquer ano, conforme prescrito na Escritura, nos ensinos da graça.
Mas, se desejarmos observar aquilo que os apóstolos e as primeiras ovelhas do rebanho praticavam:



Atos 2:42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.



Então, pergunto, qual melhor dia da semana haveria para dar curso a salutar prática que as principais e primeiras ovelhas do rebanho observavam até o final do III século?

Por que não o dia da ressurreição do Senhor?
Por que observar o dia que é uma prescrição determinada na antiga aliança (Lei), exclusivamente imposta aos de Israel, e somente ao povo de Israel, e isso, aos de Israel que ainda se encontram debaixo do regime da lei?



Mas, para o cristão que está compenetrado da Escritura somente, e não se encontra mais sob o peso de penduricalhos da tradição humana religiosa; para este, já não há qualquer dia a ser observado, para este, todos os dias são os dias que o Senhor fez, portanto, alegremos-nos e celebremos Sua Glória diante dEle em todos eles.



Romanos 14:1-14 Acolhei ao que é débil na fé, não, porém, para discutir opiniões. Um crê que de tudo pode comer, mas o débil come legumes; quem come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come, porque Deus o acolheu.
Quem és tu que julgas o servo alheio? Para o seu próprio senhor está em pé ou cai; mas estará em pé, porque o Senhor é poderoso para o suster. Um faz diferença entre dia e dia; outro julga iguais todos os dias. Cada um tenha opinião bem definida em sua própria mente. Quem distingue entre dia e dia para o Senhor o faz; e quem come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e quem não come para o Senhor não come e dá graças a Deus. Porque nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si.
Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos.
Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus.
Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus.
Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus.
Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão.
Eu sei e estou persuadido, no Senhor Jesus, de que nenhuma coisa é de si mesma impura, salvo para aquele que assim a considera; para esse é impura.



Veja o que é dito acerca dos observadores de preceitos cerimoniais da lei e os que creem e praticam abstinências. O texto é claro - São débeis na fé.

Isso não é bom, nada bom. Não é bom ser débil, nem deficiente na fé, muito menos, réprobo quanto a fé. Devemos ter cuidado nestas questões!



Mudando de ares, se quiser partir o pão conosco será aos domingos preferencialmente, não necessariamente. 

Não seguimos dogmas clericalistas, antes, exclusivamente as instruções provenientes das Escrituras, e das Escrituras somente.



E, quanto a esse tal dia celebrado pelo mundo todo como o dia natalício de Jesus. O tal Natal!

Me atenho a uma só questão, não levando em consideração, para o momento, que a data é sem duvida de origem pagã, comprovadamente. Basta conhecer um pouco de História Antiga e a questão se elucida com facilidade.
Bem, voltemos a questão!
Onde nas Escrituras está prescrito que eu deva celebrar o nascimento do Senhor Jesus Cristo em qualquer dia especifico?
Se houvesse tal ensino nas Escrituras, por certo, o dia especifico em que o Senhor Jesus nasceu, estaria registrado, não acha?
Bem, segundo os sinais da narrativa dos fatos quanto ao nascimento de Jesus nos Evangelhos, é certo que Jesus de modo nenhum tenha nascido no mês de Dezembro, visto que esse período em Israel é inverno. Nenhum pastor de ovelhas estaria nos campos de Israel pastoreando qualquer ovelha de seu rebanho, exceto que tivesse enlouquecido por completo e quisesse matá-las de vez.
Pelos indícios da narrativa era verão, portanto, Seu nascimento neste mundo pode ter sido ou em Junho ou em Julho ou em Agosto.
Quanto ao dia especifico do nascimento de Nosso Salvador, silencio absoluto da parte de Deus.
Por que será "hein"?



Saudações nEle.

Marcos Ré

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

VOCÊ ALMEJA FAZER A OBRA DE DEUS?


Pouco tempo depois de Jesus ter suprido a fome de aproximadamente 5.000 pessoas, multiplicando “cinco pães de cevada e dois peixinhos”, novamente a multidão o cercava, almejando mais provisão para a vida terrena (cena parecida com a das multidões de pessoas que vemos hoje professando segui-Lo). O Senhor então corrige-lhes o foco, graciosamente a todos ensinando o alvo correto da existência humana:

“Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.
Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus?
 Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado.” João 6: 27/29.

As declarações de Jesus revelam a todos nós o Caminho da vida eterna! Além de O revelar, também nos ensinam qual a obra que Deus almeja que faça-mos. Inquirido por alguns sobre o que fazer para que eles realizassem as obras de Deus, Ele responde:

 “A obra de Deus é esta (grifo meu)

Perguntaram-Lhe no plural, “as obras”, talvez, como diz Bornelli, esperando que o Senhor lhes fizesse uma lista. Façam isto! Façam aquilo e mais aquilo outro! Existem crenças que se utilizam até de critérios contábeis (débito/crédito), estabelecendo uma lista de boas obras que precisamos realizar, sobretudo para contrabalançar as más obras que praticamos.

Surpreendentemente Ele responde  à pergunta feita no plural, com uma resposta no singular: “A obra de Deus é esta”

Com isto somos informados que Deus está interessado em que realizemos somente UMA obra! Se não a realizarmos, erraremos o alvo! Ainda que estejamos envolvidos com várias obras, não estaremos envolvidos com "A Obra de Deus!"

Então, qual é esta Obra?

“Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado.”

Esta é a obra que Deus está interessado que façamos! Crer em Jesus Cristo!

Óbvio que precisamos entender que a Bíblia foi inspirada, no Novo Testamento, no idioma grego, portanto, a tradução para o português, às vezes não alcança o sentido amplo da rica língua em que foi inspirada. Crer, por exemplo, no seu sentido mais amplo, significa ter comunhão ou habitar em Cristo.

Que muitos possam fazer a obra de Deus!

Rubens Rodrigues